Já é mais do que sabido que a nossa ilha favorita do Caribe foi, e ainda é, uma das maiores produtoras daquilo que conhecemos por compactos de vinil (há quem chame de bolachinha, Cp, 7Ep,Single).

Desde os tempos em que o Calypso e outros gêneros agitavam a Jamaica e as ilhas vizinhas, já rolava por lá a prensa de artistas que cantavam tais estilos. Apesar de que boa parte dessas prensas ainda vinham do exterior, mas no começo dos anos 50 a Jamaica começou a dar início no que se tornaria uma grande febre, a prensa dos vinis.
Com o nascimento do ska, cada vez mais eram gravados compactos na Jamaica. Diversos grupos surgiam, produtores e suas exclusividades musicais. Mais o maior responsável pela febre do compacto foi o que conhecemos por, SoundSystem.
Com o nascimento de diversos soundsystems pela Jamaica, os grupos e produtores gravavam pela manhã, prensavam e a noite levavam a música para tocar nos grandes bailes organizados pelo soundsystems para que o público escutasse.
No Rocksteady, a febre só veio a aumentar mais ainda. Diversos grupos nasceram neste período, que vai entre (1966/68) e para que esses grupos pudessem gravar por diversos produtores eles inclusive mudavam de nome de uma música para outra, podendo assim gravar ao mesmo tempo para Coxsone ou para Duke Reid.
No auge dessa, especula-se, que eram gravados mais de mil artistas por dia !!!
Muitos desses grupos gravavam um som extremamente bom, porém não faziam sucesso na noite em que foi tocado, caindo assim no esquecimento. Já outros gravavam um som que fazia um tremendo sucesso na noite do soundsystem, então logo pela manhã as prensas já estavam multiplicando cópias daquele som do momento.
Esses compactos que eram rapidamente prensados, para que a noite já tocassem em algum soundsystem eram geralmente dubplates, ou seja a primeira cópia (cópia master uma exclusividade do produtor). Caso o sucesso acontecesse no outro dia eram prensados as primeiras cópias ainda sem label, saiam apenas com um carimbo ou algo escrito a mão e eram(e são)
Depois, se o sucesso fizesse realmente sucesso, o compacto era prensado em alguma label.
Assim começa a história do que é uma raridade nos dias de hoje e o que não é.
Existiram compactos em que, por megalomania do produtor, antes mesmo de serem exibidos em algum soundsystem era ordenada a prensagem de cotas com 300 cópias, um número relativamente baixo. Porém, por ser uma música que nunca antes foi escutada era um teste muito grande já que se o público não aprovasse essas cópias seriam esquecidas, que hoje são extremamente valiosas no mercado do vinil.
Falando em grandes produtores. Nada melhor do que contar a história de Sir. Coxsone Dodd e Duke Reid, que travaram a maior BATALHA da história da música Jamaicana até hoje. Seja ela com seus soundsystems, suas dubplates, seus artistas, suas produções e inclusive em seus vinis!
Dois grandes visionários da música Jamaicana que não bobearam ao perceber a grande febre dos compactos.
É incontável o número de selos criados pelos dois. Além dos seus principais, eles lançaram
Coxsone também teve seus compactos lançados em terras Inglesas, em menor escala, mas ele também tinha sua filial nos EUA.
A Inglaterra foi também o berço de diversos selos dedicados a música Jamaicana, alguns criados por Jamaicanos. Como é o caso do raro selo TORPEDO, que lançava no começo dos anos 70 diversas pedras de Skinhead Reggae, label que Eddy Grant era o dono.
Agora quando o assunto pende para os dias de hoje, e para a visão
Alguns desses fatores são: Se a tal o compacto teve recentes relançamentos, por quantas labels já saíram o tal compacto, quantas copias ele teve, qual o sucesso que ele alcançou e a qualidade da prensa, o que é muito importante.
Os compactos originais de época, em sua maioria, têm uma qualidade sonora INFINITAMENTE maior do que os relançamentos atuais. Tudo isso por conta dos novos maquinários, além de serem prensados em escalas gigantescas para baratear o processo, coisa que na época não acontecia.
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